HELL-o, people!!! Eu, Morrigan Ankh, peço desculpas encarecidamente pelo atraso desta vez! SORRY!!! Deixa eu comentar que a Mea Culpa tem muitas pedras no caminho, mas já estou me recuperando de alguns dos golpes sofridos... retornando a escrever! Anyway, mais um capítulo com a personagem nova, Dolores, que vai acrescentar "mais tempero" ao futuro de Tural. Chegou agora e não sabe nada da história? Confere os links no final do capítulo para aprender mais sobre o cenário de RPG "Demônio, A Queda"! Bora lá! ********** LÂMINA [Faca]
ZUL-PHAKTUR conseguira cortar seu antebraço, enquanto Dolores se defendia de um golpe, sete anos atrás. Ficara delirante por três dias, ardera em febre e amaldiçoara o irmão especialista em ferimentos. Lembrava bem de vê-lo usar as “Facas da Praga” no tempo anterior ao Abismo e deixar muitos humanos doentes, sofrendo, retardando grupos inimigos que se prendiam à moralidade e ficavam cuidando dos necessitados.
Essas lâminas eram assim, relíquias traiçoeiras. Um simples corte e a vítima não teria somente o dano do golpe da lâmina, mas também um conjunto de presentes: o abatimento, onde o corpo pareceria consumido por uma doença e, ao mesmo tempo, um estágio depressivo no qual, lentamente, a vontade se esvairia. Sua sorte, na época, era ser mais veloz do que Zul-Phaktur. O Flagelo demorou para fazer um novo movimento e ela simplesmente usou a inércia (e um pouquinho de "sorte") a seu favor, fazendo com que o braço de Zul-Phaktur enfiasse a lâmina no corpo do próprio dono. Com os instintos à flor da pele, Dolores usou a Doutrina dos Ventos para impulsionar a si mesma, empurrando a faca numa subida da lateral do corpo até a boca do estômago. Recordava acreditar ter ouvido um barulho, quando a faca trancou em algum osso.
Zul-Phaktur "A Pestilência Alada" a olhava incrédulo. O sangue corria quente para fora do corpo, enquanto o Caído tentava dizer algo inteligível. Sua luta fora digna, deixou ferimentos no inimigo, morria com algum orgulho. Quando o hospedeiro finalmente morreu, ela sentiu a essência do demônio ser expulsa e aproveitou a chance. Esforçou-se além da realidade e se conectou com a essência de Zul-Phaktur. Queria... não, precisava de informações. Quantos Caídos estavam livres? Quantos estavam à caça dela? Como ele a encontrara? Precisaria sair da cidade?
Começara a sentir desconfortos pelo corpo. Hoje em dia, não tinha certeza se o que fizera na sequência fora fruto da doença que se instalava graças à lâmina, ou do medo. Enquanto tentava filtrar algum conhecimento, sentiu a resistência de Zul-Phaktur. Considerou um insulto, uma ameaça a sua existência que culminou em um "cabo de guerra". O outro demônio forçava a situação; em questão de segundos, Dolores lutava contra o Puxão do Abismo também. Entrou em pânico.
- NÃO!!! NÃO!!! EU NÃO VOU VOLTAAAAAAR!!! - gritava com sua verdadeira voz.
Foi nesse primitivismo pela autopreservação que jogou toda sua fúria contra Zul-Phaktur. Se ele pensava em levá-la consigo para o Abismo, estava enganado.
A realidade da conexão entre as duas essências divinas se alterou. Dolores pulsava com uma voracidade que era lenta, mas que ganhava velocidade. Talvez, parte daquilo fosse delírio, mas conseguiu sentir todas as frações de seu Nome Verdadeiro vibrando. Conforme ela começava a assimilar Zul-Phaktur, palavras, sons, lembranças iam se encaixando desordenadamente aos seus próprios conhecimentos.
Febril, ainda ascendeu uma vela no balcão da cozinha, ao chegar em casa. Dedicou-a ao irmão morto, devorado, consumido por ela mesma. Sentia-se mal, doente, suja, desorientada... transformada. Desmaiou na cama. Apenas pesadelos confusos lhe fizeram companhia.
Somente quando a febre passou é que as coisas fizeram sentido. Com a absorção do demônio, Dolores conseguira algumas coisas úteis: Nemiaim "Forjadora de Desesperos", uma Malfeitor da Legião de Ébano, com grande criatividade para tortura, estava na cidade também. Ela seria a próxima na lista de Zul-Phaktur.
Dolores não simpatizava com Nemiaim desde antes do Abismo e, intuíra, não começaria naquele momento. Teria de fazer uma visita a ela. Além disso, precisava praticar mais a Doutrina do Despertar, pois nas memórias de Zul-Phaktur aprendera mais sobre o poder. Somente com certo domínio sobre essa Doutrina é que podia reverter os efeitos da "Faca de Praga", caso se ferisse novamente.
* * *
No ônibus, voltando para casa, Dolores segurava firmemente a mochila com o saco de linho. Em sua opinião, eram armas que deveriam ter sido destruídas há muito tempo, mas que, covardemente, não conseguira fazê-lo.
Era a droga de um anjo da Casa dos Ventos e da Cura, mas não era nem um pouco imaculada. Sabia perfeitamente o porquê que não as destruíra: queria uma vantagem. ********** - Morrigan (Kami) Ankh Facebook: Pensando em RPG Orkut: Pensando Em RPG Discord: Pensando em RPG Facebook: Amarelo Carmesim Blogger: Amarelo Carmesim Revisão: Filipe Dias Tassoni (@amarelocarmesim) @Vale das Trevas ******* CAPÍTULOS ANTERIORES ******* 1) FUGA [do Abismo] --- Nome Verdadeiro, Nome Celestial, Abismo e Corpo Hospedeiro. 2) LEMBRANÇAS [Paralelas] --- Casa, Adão e Eva, Lúcifer, Gehinnon (a primeira cidade), Ressonância
3) RECOMEÇO [Legado] --- Legado, Surgimento da Humanidade, Duas Ordens do Criador, Ahrimal, Grande Debate, Semblantes, Consciência, Eminência, Os nomes de alguns Anjos Rebeldes importantes na história do cenário, Miguel
4) VINGANÇA [Justiça] --- Doutrinas, o fim da imortalidade da humanidade, Casa Flagelo, Doutrina do Despertar
5) REFLEXÃO [Cautela] --- Antecedentes (Fé, Contatos, Recursos), Pacto e Ceifar Fé 6) CIGARRO [Negociações] --- Pacto (investimento), Seguidor, Tormento
7) ASCENSÃO [Poder] --- Antecedentes (Contatos), Revelação, Doutrina Primária 8) CONTATOS [Diversidade] --- conceito de Invocação (uso do Nome Celestial para comunicação) 9) CIGARROS [Delboro Light] --- Presciência Sobrenatural
10) PREPARAÇÕES [Lâminas] --- aliados
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